O Arquicast Entrevista traz para a mesa de conversa mais um escritório de peso. Comandado por três arquitetos, todos oriundos da UnB – Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho e Matheus Seco – o Bloco Arquitetos está situado em Brasília, uma das cidades mais emblemáticas e desafiadoras do país. Trabalhando em diferentes escalas e programas, o grupo se caracteriza por uma atuação multidisciplinar, coordenando, além dos projetos do escritório, várias iniciativas que objetivam a valorização da cultura arquitetônica brasileira e da profissão. Quem explica para gente essa dinâmica de trabalho são os sócios Henrique Coutinho e Matheus Seco.
O Bloco Arquitetos surge do convívio profissional dos futuros sócios como estagiários em escritórios de terceiros, apesar de serem contemporâneos na Faculdade em Brasília. Como estudantes de arquitetura da UnB durante a década de 90, os arquitetos contam as dificuldades de estarem no centro de um núcleo de produção de conhecimento que estava, naquele momento, sendo questionado por todos, embasados na crítica generalizada que se fazia ao legado modernista e suas premissas dogmatizantes. Uma época marcada pela profusão de abordagens estilísticas experimentais – inovadoras e/ou revisionistas – e pela ausência de um mercado consolidado para absorver a nova geração de arquitetos brasilienses.
Apesar do contexto pouco favorável ao estabelecimento de novas iniciativas profissionais, o trio conseguiu se estabelecer, passando por diferentes fases, mas permanecendo ativos e com um espírito prospectivo que os permite experimentar novos formatos e contribuições para a prática projetual.
Além do escritório “tradicional”, o Bloco Arquitetos é co-fundador do coletivo Atelier Piloto junto com outros arquitetos brasilienses, onde fazem uma reflexão sobre arquitetura e cidade, promovendo a interação entre estudantes, escolas e profissionais da área, através da promoção de palestras e oficinas de projeto. Os sócios ainda direcionam parte de sua energia à administração da conta Brasília Moderna, um perfil de rede social voltado à valorização do patrimônio modernista da cidade, através da organização de fotos e informações sobre edifícios construídos entre as décadas de 60 e 80.
O conjunto de todas essas iniciativas demonstram um compromisso ético com a profissão que vai além da correta prestação de serviços tradicionais, por si só fundamental na qualidade de vida urbana, mas que é apenas uma parte da contribuição que o arquiteto pode dar para o desenvolvimento social e humano.
Para saber como podemos fazer mais, vale ouvir o episódio na íntegra. Até a próxima!
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